O evento, realizado na manhã desta quinta-feira (26) no auditório central da Faculdade Alfredo Nasser, foi uma iniciativa da Coordenação de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia e teve por objetivo debater as complicações causadas pela depressão e a promoção de novas dinâmicas às políticas públicas de prevenção ao suicídio em Aparecida de Goiânia. O evento fez parte das atividades de encerramento da agenda do Setembro Amarelo no município.

A UNIFAN, apoiadora e parceira da promoção, marcou sua participação no Seminário com as Ligas Acadêmicas de Psiquiatria, Saúde Mental e do Sorriso. Para a professora Núbia Aguiar Marinho, orientadora da Liga de Saúde Mental do curso de Enfermagem, o melhor caminho para a soma de esforços no sentido de trabalhar com a prevenção é a conscientização do meio acadêmico. “Nossos alunos cada vez mais conscientes sobre o tema conseguirão propagar as informações com seus familiares, amigos e a comunidade como um todo”, comenta a docente.

O Supervisor do Programa Integrado de Estudos da Saúde da Família/UNIFAN, Joede Alvarenga, defende que a forma de colaborar nessa campanha é atualizando e capacitando professores e acadêmicos. Foi partindo desse princípio que o professor Joede atuou como interlocutor com a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia para levar à UNIFAN o VII Seminário de Saúde Mental e Prevenção ao Suicídio.

O Seminário reuniu profissionais da saúde, estudantes, professores e um grande número de convidados. A Faculdade Alfredo Nasser foi representada pela coordenadora do Departamento de Estágios, Andrea Finotti. Logo na abertura do evento, a coordenadora do Programa de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Carolina Sartore, após saudar os participantes apresentou dados estatísticos sobre o tema em questão.

Entre 2010 e 2019, foram notificados no município 3.487 casos de violência interpessoal ou provocada, sendo 921 casos de autoagressão. Desses casos, 68% ocorreram com pessoas do sexo feminino, com predomínio em jovens de 15 a 29 anos. Uma média de 29,3 óbitos por tentativa de homicídio no período de 2010 a 2018, com taxa de mortalidade por lesões autoprovocadas em 2018 de 6,01 óbitos para cada 100 mil habitantes.

De acordo com a coordenadora, o suicídio é um agravo passível de prevenção e os profissionais da área de saúde pública desempenham papel fundamental na detecção precoce de fatores de risco. “O melhor e mais eficaz remédio continua sendo mesmo a prevenção”, destaca Carolina Sartore.