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Faculdade Alfredo Nasser foi selecionada pelo Projeto Rondon e vai participar da Operação Lobo-Guará



Professores Júlio César e José Humberto representam a Unifan no Projeto

A Unifan foi selecionada para participar do Projeto Rondon através de concorrência pública com outras instituições de ensino superior de Goiás, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que apresentaram propostas de ações perante edital de chamamento. (https://projetorondon.defesa.gov.br/portal/).

A Faculdade Alfredo Nasser atuará na Operação Lobo-Guará do Projeto Rondon, na cidade de Nova Roma, região norte de Goiás. A Instituição aparecidense realizará oficinas e rodas de conversa sobre os temas da cultura, justiça e Direitos Humanos, educação e saúde. As ações ocorrerão entre os dias 10 e 25 de julho de 2020.

Em Nova Roma foi identificado um quadro de vulnerabilidade socioeconômica marcado por carências materiais; desigualdades socioeconômicas; migração da população jovem à procura de emprego e ensino nas regiões metropolitanas de Brasília e Goiânia; baixa escolaridade da população em geral e, em particular, dos trabalhadores sob regime formal de emprego; baixos salários; trabalho infantil e exploração sexual das meninas e adolescentes, especialmente quilombolas kalungas; violação de direitos humanos; insegurança alimentar. Esse quadro faz com que os municípios da região apresentem os piores índices de desenvolvimento humano de Goiás. “Justamente, o que buscamos é contribuir com a transformação da realidade local de acordo com a Agenda 2030 das Nações Unidas”, é o que afirma o coordenador do Projeto Rondon pela Faculdade Alfredo Nasser, prof. Dr. Júlio César Borges. Ele ressalta que a Agenda 2030 das Nações Unidas prevê, como objetivos a serem buscamos por governos e sociedade civil, acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável; assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades; assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos; alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. “A Faculdade Alfredo Nasser foi escolhida porque demonstrou engajamento institucional com a superação destes problemas sociais, compreensão teórica e capacidade técnica em um projeto cuja qualidade convenceu o Ministério da Defesa”, ressalta o docente.

Atuarão dois professores com doutorado na área de Ciências Humanas, sob a coordenação do Prof. Dr. Júlio César Borges. Também serão recrutados estudantes, mediante processo seletivo público, nos cursos de Direito (dois alunos), Psicologia (mais dois alunos), Pedagogia (dois) e Medicina (dois). Eles acompanharão a preparação, execução e avaliação das atividades temáticas (Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúde) concebidas, segundo metodologia participativa, para atender aos objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Com isso, teremos uma equipe multi e interdisciplinar capaz de contribuir com a formação dos estudantes como sujeitos engajados nas grandes questões contemporâneas, tal como preconizado na Política Nacional de Extensão Universitária.

Para o professor José Humberto da Silva, Coordenador de Extensão e dos Cursos de Administração e Gestão Pública da Unifan, a participação da Instituição aparecidense no Projeto Rondon representa uma enorme responsabilidade. “É uma vitrine para o país, ou seja, temos que apresentar a nossa Instituição como ela é, acolhedora e preocupada com as causas sociais, além disso teremos a oportunidade de conhecer e conviver com outras realidades, podendo em seguida devolver estudos com outros acadêmicos e até mesmo colegas para melhor compreender as necessidades sociais das áreas atendidas. É, também, tornar a Faculdade Alfredo Nasser conhecida a nível nacional”, destaca o professor José Humberto.

O Projeto Rondon foi criado na década de 60 com objetivo de levar ações de extensão universitária para regiões isoladas da Amazônia. Até o presente já realizou oitenta e duas operações, em 1.213 municípios.

Projeto Rondon

O Projeto Rondon, desenvolvido e coordenado pelo Ministério da Defesa, teve início no ano de 1967 com objetivo de levar ações de extensão universitária para regiões isoladas da Amazônia. Em sua primeira operação (Operação Zero ou Piloto), contou com trinta alunos e dois professores de universidades do Estado do Rio de Janeiro que realizaram ações de extensão em Rondônia. Sua primeira fase durou até o ano de 1989. No ano de 2005, foi retomado e ampliado para outros territórios marcados pela vulnerabilidade social. Até o presente já realizou, segundo dados do Ministério da Defesa, oitenta e duas operações, em 1.213 municípios de vinte e quatro unidades da federação, com a participação de 2.306 instituições de ensino superior e 22.896 rondonistas  (universitários e professores), alcançando cerca de 2 milhões de pessoas. O Projeto conta com parceria do Ministério da Educação, o Ministério da Cidadania, o Ministério da Saúde, o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério da Integração Nacional e a Secretaria de Governo da Presidência da República, além dos Governos Estadual e Municipal e Instituições de Ensino Superior reconhecidas pelo Ministério da Educação. Tem como objetivos gerais contribuir para o desenvolvimento e o fortalecimento da cidadania do estudante universitário e com o desenvolvimento sustentável, o bem-estar social e a qualidade de vida nas comunidades carentes, usando as habilidades universitárias.

19/02/2020
Assessoria de Imprensa Unifan