Fruto de uma pesquisa na área da cirurgia Bariátrica e Metabólica, o estudo foi desenvolvido durante acompanhamentos realizados no período de 2 anos e que mostra a comparação das duas técnicas, expondo benefícios desses dois procedimentos utilizados no tratamento da obesidade e das comorbidades associadas a obesidade, que são diabetes, hipertensão, colesterol alto e triglicérides.

Na pesquisa ele avalia as técnicas cirúrgicas para, em seguida, sugerir o melhor caminho. São feitas comparações das técnicas clássicas e proposta uma pequena modificação nelas para trazer alguma otimização, o que posteriormente irá colaborar sem prejudicar o resultado final, para a propedêutica, a avaliação do pós-operatório de forma significativa desses pacientes, fato que até então, segundo o médico, com a cirurgia clássica não era possível realizar. “Isso muda o contexto da aplicabilidade da técnica, trazendo ao paciente uma maior possibilidade de prevenir algo no futuro; avaliações completas como se o paciente pudesse ter uma rotina normal da vida dele, do ponto de vista clínico, de avaliação médica, etc”, ressalta Paulo Reis.

O artigo do Supervisor de Habilidades Cirúrgicas do curso Medicina da Unifan, Paulo Reis foi publicado em dezembro de 2019 na revista Nutrology, que é a mais importante publicação da nutrologia no Brasil.

“Não é fácil ser pesquisador em nosso país, pois não contamos com o devido reconhecimento e estímulo governamental para continuar pesquisando, mas isso não se constitui em barreira para mim investir na pesquisa, tanto que já estou trabalhando em dois novos estudos voltados ao tratamento cirúrgicos da obesidade e controle do diabetes, rompendo essas barreiras que nos são colocadas”, comenta o médico cirurgião e Supervisor de Habilidades Cirúrgicas do curso Medicina da Unifan.

Paulo Reis defende que a obesidade e diabetes têm fatores genéticos e por isso o tema requer muita informação e debate. Enquanto o diabetes já atinge cerca de 422 milhões de diabéticos tipo 2 no mundo, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é considerada uma epidemia mundial. No Brasil, o número de pessoas acima do peso já chega a 70 milhões, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM. Desse total, cerca de 18 milhões são classificados como casos de obesidade.

O autor do artigo manifesta sua alegria, satisfação e orgulho com o reconhecimento de sua pesquisa, pois “a publicação coloca Goiás como sendo um dos grandes produtores de Ciência no Brasil e no mundo”, afirma.