CURSO DE HISTOTÉCNICA

Introdução

            A histologia do grego hystos = tecido e logos= a estudo, pode ser definida como uma área da anatomia que estuda os tecidos vegetais e animais, analisando como eles se organizam e se constituem por meio de uma melhor visualização das estruturas celulares (TIMM, 2005; JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013). Este estudo não se limita apenas a análise celulares do ser humano, mas sim de todos os animais e organismos, afim de explorar as particularidades dos tecidos e dos órgãos (GARTNER; HIATT, 2012). O desenvolvimento desta ciência se deu através do aperfeiçoamento dos aparelhos microscópicos, ao permitir uma maior ampliação dos tecidos (MONTANARI, 2016).

O procedimento mais usado para análise dos tecidos é a preparação dos cortes histológicos, devido a densidade dos tecidos e a debilidade da formação da imagem por meio da luz microscópicas, os tecidos são fatiados com auxílio de equipamentos minuciosos como micrótomos (CARNEIRO e JUNQUEIRA, 2008). Estes estudos podem ser realizados por exames mediatos e imediatos: a técnica mediata é realizada por meio de lâminas permanentes e a imediata é realizada com a interferência de reativos modificadores através de índices de refração das estruturas teciduais (CAMILLO et al., 2017).

A técnica convencional para a produção de lâminas histológicas envolve a necessidade de alguns processos ordenados como: coleta, fixação, desidratação, clareamento, inclusão, microtomia, coloração e montagem (TIMM, 2005). Após a realização dos cortes histológicos e da preparação de lâminas permanentes o material confeccionado é mantido para estudo e em condições adequadas podem ser armazenados por um longo tempo, aspecto importante para a inclusão destes materiais nas metodologias de ensino (ARAÚJO, 2011).

É inquestionável a importância das atividades práticas no desenvolvimento do aprendizado. A realização de cortes histológicos fornece um maior contato com a atividade prática em laboratórios, auxiliando quando inserida nas instituições de ensino superior (ARAÚJO, 2011). Ao realizar durante o curso de graduação um experimento utilizando a técnica de confecção de lâminas histológicas garante aos alunos a possibilidade de questionamento da teoria com a prática, ocasionando também o contato com o tecido humano ou animal, garantindo uma formação quanto ao diagnóstico das lâminas (PRIGOL E GIANNOTTI, 2008).

Este projeto tem como principal objetivo promover aos alunos da área da saúde uma melhor qualidade do ensino histológico, por meio da implementação de um serviço laboratorial para confecção de lâminas histológicas. Com a  da criação de um  espaço, os alunos acompanharão todo o processo desde a confecção, armazenamento e análise. Este aprimoramento pode ser inserido dentro do planejamento das aulas da graduação e também na expansão para os cursos de pós-graduação e de pesquisa.

  

Objetivos:

Propiciar aos acadêmicos do Centro Universitario Alfredo Nasser, no curso de extensão universitaria, habilidades laboratoriais de microtomia e confecção de laminas histologicas

 

 Conteúdo

Histologia Animal: Técnica da Parafina

            - Clivagem do material

            - Fixação

            - Desitratação

            - Difanização

            - Impregnação

            - Inclusão

            - Microtomia: Micrótomo Rotatino Manual

            - Corte;

            - Coloração: Hematoxilina e Eosina- Floxina; Goldner; Azul de Toluijina

            - Montagem, acabamento e etiquetagem;

            - Noções gerais e comparação com a técnica de Parafina.

 

Metodologia

         Fixação: Os fragmentos de tecidos e órgãos devem ser submetidos a um processo chamado fixação, com intuito de evitar a digestão do tecido por enzimas existentes nas próprias células e preservar sua estrutura e composição molecular (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013);

         Desidratação: Toda água contida nos tecidos deve ser substituída pela parafina, portanto, sendo necessário a inserção de soluções que ocasionem a desidratação dos tecidos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013);

          Inclusão: Para que seja possível obter secções delgadas dos tecidos e órgãos, após a fixação e desidratação, nos mesmos são acrescidas substâncias que lhes proporcionam uma consistência rígida, no caso parafina, em formação de blocos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013);

         Corte: Devido as dimensões dos tecidos e órgãos, se torna necessário a etapa de corte que consiste no fatiamento através do auxílio de um micrótomo. Nesta etapa o bloco de parafina formado durante a fase de inclusão é fatiado, gerando cortes finos de 5 a 10 ??m por isso o nome de “corte histológico” (GARTNER; HIATT, 2012);

         Reidratação: Após o fatiamento deste tecido o pedaço recortado de parafina e tecido são transferidos para lâminas de vidro onde a parafina é removida utilizando-se xilol e posteriormente o tecido é reidratado em ordem inversa ao que foi realizado na fase de desidratação;

         Coloração: No entanto, não se é possível analisar a nível microscópico se esta lâmina não estiver corada, pois os tecidos são incolores em sua grande maioria.  Os corantes mais comuns utilizados no preparo de lâminas histológicas são o Hematoxilina e Eosina. Dentre as especificações destes corantes, a hematoxilina é responsável por corar os componentes ácidos em azul, enquanto a eosina cora os componentes básicos em rosa.

Local: Laboratório de Microscopia I

Data: 18/05/2024

Valor: R$150,00

Número de participantes: 20

Professor Orientador: Jakeline Ferreira de Araújo Lôbo e Prof. Rafael Cosme Machado

Certificação para os alunos participantes.

Certificação: Centro Universitário Alfredo Nasser