
Coordenação dos Laboratórios da Unifan realiza projeto Portas Natalinas
25/11/2025A convite do Prof. Dr. Muhammad Shadman, do departamento de química da University of Zanjan (Zanjan, Irã), o professor Dr. da Unifan, Elias Rafael de Sousa, foi chamado a acompanhar e colaborar em uma pesquisa científica intitulada: The Study of Stabilizing Niosomes Formulated from Span60-Tween60 and Span60-Tween80 Mixtures Using Coarse-Grained Molecular Dynamics, que pode contribuir a forma como medicamentos são transportados no organismo. O estudo, supervisionado pelo Dr. Muhammad Shadman, investiga a estabilidade dos niosssomas vesículas sintéticas utilizadas como carreadores de fármacos por meio de simulações avançadas de Dinâmica Molecular de Grão Grosso.
Niossomas são estruturas microscópicas formadas por moléculas anfifílicas. Elas têm despertado grande interesse porque oferecem vantagens em relação aos lipossomas, já conhecidos na área farmacêutica: são mais estáveis, biocompatíveis e de menor custo de produção. O desafio, no entanto, está em garantir que essas vesículas mantenham sua integridade física e química ao longo do tempo, fator essencial para que possam ser usadas com segurança em tratamentos médicos.
A pesquisa busca entender como diferentes combinações de substâncias chamadas Span e Tween influenciam a estabilidade dos niossomas. Em especial, os cientistas analisaram se substituir o Tween60 pelo Tween80 altera significativamente o desempenho dessas vesículas. Outro ponto central foi avaliar o papel do colesterol, que pode reforçar ou comprometer a estrutura dos niossomas.
Para responder a essas questões, os pesquisadores recorreram à Dinâmica Molecular de Grão Grosso (CG-MD), uma técnica de simulação computacional que permite observar o comportamento de sistemas complexos em escalas maiores de tempo e espaço. Com esse recurso, será possível modelar e comparar dois tipos de niossomas, medindo parâmetros como: Energia potencial das vesículas; Espessura da membrana;
Raio médio das estruturas; Distribuição de massa e estabilidade molecular.

Segundo os pesquisadores, compreender a estabilidade dos niossomas é um passo fundamental para que eles possam ser usados como carreadores de medicamentos em tratamentos contra câncer, doenças infecciosas e outras condições que exigem liberação controlada de fármacos. “Essas vesículas podem tornar terapias mais seguras e eficientes, reduzindo efeitos colaterais e custos de produção”, explica o professor Elias Rafael de Sousa.


